Confira relatos da trajetória da desembargadora Lídia Maejima

Rômulo Cardoso Quinta, 28 Março 2024

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A desembargadora do TJPR, Lídia Matiko Maejima, percorreu todas as possíveis etapas da carreira, os momentos distintos no comparativo de estrutura para magistradas e magistrados e também trilhou pelo idealismo ao assumir papel de protagonismo. Eleita 2ª vice-presidente do TJPR no biênio 2017/2018, ela foi a segunda mulher a assumir cadeira na cúpula diretiva da instituição. Antes, a desembargadora Dulce Cecconi, no biênio 2013/2014, havia inaugurado a participação de magistradas nos cargos de direção do Tribunal. 

 

Perguntada sobre a importância da participação de mulheres em cargos de chefia, ela disse que o próprio ingresso de mulheres na carreira da magistratura é um fato relativamente recente no Poder Judiciário. “Eu penso que as mulheres têm que participar mais nos cargos de cúpula, inclusive em outros segmentos da sociedade”, afirma. 

 

Tempos de interior - Também com longa trajetória no Judiciário, Lídia Maejima completa neste ano 40 anos de uma carreira que foi trilhada quase que na totalidade no interior do Estado. A magistrada só veio para a capital quando foi promovida, em 2007, ao cargo de desembargadora. Ao resgatar o início da jornada, quando o número de magistradas era ínfimo, ela observa que o convívio com colegas sempre foi de grande amizade, até de proteção. 

 

Mas as memórias também são de algumas dificuldades. Quando ingressou na carreira, em 1984, a primeira comarca foi a de União da Vitória. Nada conhecia. “Não existia GPS, nos recorríamos ao mapa da Quatro Rodas, mas dava certinho”, lembra ela que, invariavelmente, sempre tinha que parar para trocar os pneus furados do velho Voyage. 

 

Ainda sobre as dificuldades, não apenas de deslocamento, Lídia Maejima recorda que no TJPR não existia o FUNREJUS, então os recursos eram muito menores. “Havia falta de material, havia falta de equipamento. Nós tínhamos que comprar tudo, praticamente. Desde as canetas e as máquinas elétricas, pois o Tribunal só dispunha de máquinas manuais”, lembra. 

 

Nesta “opção pelo interior”, a desembargadora Lídia Maejima, que é natural de Arapongas, também exerceu a judicatura nas comarcas de Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu. Após novo concurso, como juíza de direito, judicou nas comarcas de Pérola, Andirá, Goioerê, Cascavel e Londrina.

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