AMAPAR prestigia entrega do título de Cidadã Honorária de Curitiba a Luislinda Dias de Valois Santos, ex-ministra dos Direitos Humanos

Rômulo Cardoso Terça, 19 Novembro 2024

AMAPAR prestigia entrega do título de Cidadã Honorária de Curitiba a Luislinda Dias de Valois Santos, ex-ministra dos Direitos Humanos

Na quinta-feira (14) a Câmara Municipal de Curitiba homenageou Luislinda Dias de Valois Santos, ex-ministra dos Direitos Humanos, com a concessão do título de cidadã honorária. A AMAPAR foi representada no ato pela juíza Mércia Deodato do Nascimento (foto em destaque). 

 

A homenageada agradeceu a homenagem e disse que a vida da mulher, em especial da mulher negra, é tortuosa. “Passei por desafios e desilusões e até ameaças de morte, como aconteceu em 1993, no mesmo dia em que publiquei aquela que seria a primeira sentença referente a um caso de injúria racial”, revelou. Aprovada em primeiro lugar no concurso para procuradora federal, carreira que hoje é conhecida como Advocacia Geral da União, foi designada para o Paraná. “Aqui, aprendi que somos todos iguais. Quando cheguei ao aeroporto, vi a frase ‘aqui se trabalha’ e pensei, aqui é meu lugar”, disse ela. 

 

Luislinda destacou ser ocupante da cadeira de número 6 da Academia de Letras José de Alencar e que teve a iniciativa de propor a instalação de delegacias voltadas exclusivamente ao combate a racismo, xenofobia e condutas assemelhadas. Para a homenageada, o povo negro não recebe as oportunidades necessárias para mostrar seu valor. “É difícil ser negro nesse país. Quem quiser saber o que é ser negro no Brasil, que seja negro ou negra por 24 horas”, afirmou a ex-ministra. 

 

Para a juíza Mércia Deodato do Nascimento, a história de Luislinda é um singular exemplo de coragem e compromisso com a justiça e os direitos humanos. “Sua atuação ajudou a transformar o judiciário brasileiro, sendo marcada por profundo senso de justiça e uma incansável luta pela igualdade racial”, afirmou Mércia.

 

A desembargadora Lenice Bodstein representou o TJPR na solenidade e agradeceu a oportunidade de se manifestar em relação à homenageada. “Não sei se a chamo, de ministra, de desembargadora, de doutora, ou se eu a chamo de mentora de novos tempos”, disse. 

 

Com informações da assessoria de comunicação da CMC.

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