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21
Junho
2013

Justiça no Bairro realiza mais de 15 mil atendimentos em Londrina

09:40 hs

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Na segunda edição do projeto ‘Justiça no Bairro’, em Londrina, foram efetuados mais de 15 mil atendimentos entre os dias 13 e 15 de junho. Estavam agendadas 1.069 audiências, e deste total, foram 990 perícias médicas efetivadas sendo as mesmas referentes a processos que envolviam pedidos de indenizações, bem como, interdições e outros casos relacionados ao seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT).

O detento José Henrique de Campos veio acompanhado por policias para fazer a perícia. Ele ajuizou ação em 2.009, e o processo estava ‘parado’ por conta da necessidade de exame médico (perícia). Durante o evento José Henrique passou por avaliação médica e, na sequência, foi encaminhado para audiência. O magistrado Abelar Baptista Pereira Filho foi o responsável por conduzir a audiência conciliatória, que resultou em acordo. “Eu acho uma benfeitoria para a população este projeto, ele auxilia as pessoas que estão esquecidas”, disse Campos.

Para o advogado José Matias da Silva, que representou José Henrique na demanda processual, o projeto ‘Justiça no Bairro’ é muito importante para a população londrinense. “O projeto garante a resolução dos conflitos via acordo e proporciona à população uma gama de serviços, aqui foi possível até fazer documentos como RG e CPF. Além de auxiliar os advogados, para o cliente é uma satisfação imensa saber que o seu processo pode ser solucionado de imediato. Hoje nós resolvemos a situação do José Henrique, que vai receber a sua indenização em 45 dias”, enalteceu o advogado.

O juiz Abelar Baptista Pereira Filho destacou ainda que a maioria dos processos de DPVAT decorrentes de invalidez refere-se aos beneficiários da Justiça gratuita. Nestas demandas existe a necessidade de perícia por um órgão oficial do Estado, que indique percentuais de invalidez. “Os processos sofrem ou por laudos incorretos que não indicam percentuais e têm que ser refeitos, ou pela falta de estrutura do IML que muitas vezes demora um, dois, três anos para marcar uma avaliação médica que possa nos auxiliar a julgar o processo. No caso do José Henrique ficou mais difícil ainda porque ele está preso há quatro anos e meio. A dificuldade de retirar um preso da Penitenciária é imensa, principalmente para fazer um exame no IML envolvendo a esfera cível - isso é quase inverossímil. Mas, a união de esforços possibilitou o julgamento do processo no Justiça no Bairro”, afirmou o magistrado.

A seguir, acompanhe a entrevista concedida pelo magistrado Abelar Pereira Filho para o site de Responsabilidade Social da Amapar.  

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1- Qual foi a sua avaliação frente à atuação do ‘Justiça no Bairro’?

A conciliação e a mediação são o futuro do Judiciário. Nestes dias em que a participei do ‘Justiça no Bairro’ foi possível solucionar os conflitos de imediato. No caso das interdições até o mandado de averbação sai no dia, e as partes recebem os documentos na hora. O sucesso do projeto é tamanho e a sua efetividade também.

2- Como foi participar pela primeira vez do projeto?

Aqui recebi elogios, e isto, vale a pena. É o elogio da parte interessada para quem a gente presta serviço, pois, somos agentes políticos integrantes de uma das mais importantes funções do Estado. Ver a parte sair satisfeita e resolver o problema é o grande elogio que um juiz pode receber ao longo da carreira, e que, vai fazer com que ele continue sempre motivado a trabalhar.

Participação – esta edição teve a participação ativa dos Juízes de Londrina, Aurênio José Arantes de Moura, Abelar Baptista Pereira Filho, Álvaro Rodrigues Junior, Alberto Junior Veloso, Bruno Régio Pegoraro, Matheus Orlandi Mendes, Emil Tomás Gonçalves, Elias Duarte Rezende, Cristiane Tereza Willy Ferrari, Rodrigo Afonso Bressan, Luiz Eduardo Asperti Nardi, Telma Regina Magalhaes Carvalho, Rosangela Faoro, Carla Pedalino, José Ricardo Alvares Vianna, bem como, da promotora Gildelena Alves da Silva, da magistrada da 17ª Vara Cível de Curitiba Vanessa Jamus Marchi, além das professoras Tania Francisca dos Santos da FAE e Regina Cardoso de Almeida Andrade Costa da PUC.

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Agenda - O projeto ‘Justiça no Bairro’ realiza evento na cidade de Maringá. Os atendimentos iniciaram nesta quinta-feira (20) e seguem até sábado (22), das 08h da manhã às 17. Este ano a estrutura foi montada na UniCesumar, que fica localizada na Avenida Guedner, 1.610. (Jardim Aclimação).

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