Situações de interrupção da gravidez são discutidas no Justiça para Todos

Quinta, 16 Fevereiro 2017

Situações de interrupção da gravidez são discutidas no Justiça para Todos

Tema:

Situações em que a interrupção de gravidez é permitida no Brasil

Entrevistado:

Maria Fernanda Ghannage Barbosa

 

Um tema muito polêmico no Brasil foi discutido no programa Justiça para Todos, da última quinta-feira (16). A defensora pública, Maria Fernanda Ghannage Barbosa aceitou o convite para participar do programa da AMAPAR e falou ao ouvinte da rádio Educativa, AM 630, sobre as situações em que a interrupção da gravidez é permitida no país. Além disso, Barbosa discorreu sobre um caso em específico, no qual a Defensoria de Foz do Iguaçu conseguiu na Justiça uma autorização para que uma jovem realizasse a interrupção da gravidez após ter sido vítima de um estupro.

A defensora falou ainda sobre os principais argumentos a favor e contra o aborto no Brasil. ‘‘Argumentos não faltam para todos os lados, mas especificamente as pessoas contra a legalização do aborto, defendem que o feto é um ser humano e que, se toda pessoa tem direito à vida, o feto também tem’’, disse e prosseguiu: ‘‘já aqueles que são favoráveis, defendem que a penalização não impede que o aborto seja realizado e acaba sendo de forma insegura nas mulheres mais pobres e acaba gerando um verdadeiro problema de saúde pública”.

Barbosa falou sobre outros países que se posicionam e como o fazem em relação ao tema. ‘‘Tem tido uma tendência internacional à descriminalização do aborto’’, afirmou e concluiu: ‘‘em vários países do mundo, como Alemanha, Bélgica, França e Uruguai, a interrupção da gestação não é criminalizada desde que seja feita no primeiro trimestre da gestação. Mas tem países que não permitem o aborto nem em caso de estupro como a Angola, Iraque e Palestina. Mas, de qualquer forma, a Organização Mundial da Saúde fez um estudo e concluiu que os países com leis que proíbem o aborto contam com taxas acima daqueles países em que o aborto é legalizado’’.

Confira a entrevista na íntegra com a defensora pública Maria Fernanda Ghannege Barbosa

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