Trabalho da Comissão de Diversidade e gênero da OAB-PR é tema do Justiça para Todos

O programa Justiça para Todos desta quinta-feira (10), convidou o advogado e presidente da Comissão de Diversidade e Gênero da OAB-PR, Rafael dos Santos. O advogado trouxe informações importantes para o ouvinte da rádio Educativa, AM 630 sobre as principais frentes de trabalho da Comissão, criada em 2013, pela OAB.

Durante a entrevista, Rafael comentou sobre a quantidade expressiva de casos de preconceito contra a comunidade LGBT, que geram violência física e verbal. ''Essa violência coloca o Brasil na posição de um dos países mais violentos em relação à população LGBTI, no mundo. Por exemplo, a cada 27 horas uma pessoa é morta no país em razão da sua orientação sexual ou identidade de gênero. Em relação à população trans, mais especificamente, o Brasil ocupa a posição de principal responsável pelas mortes de travestis e transsexuais no mundo, esses dados foram levantados entre 2008 e 2014, pela ONG internacional, a Transgender Europe'', explicou.

O advogado também falou sobre a importância desses assuntos serem amplamente debatidos pela sociedade. ''O debate aberto e amplo sobre temas que são considerados tabus, permite que a gente supere alguns preconceitos'', disse e finalizou: ''esse debate tem que ser colocado de uma forma bastante séria e ouvindo todos os envolvidos, então não há problema que existam colocações contrárias, o importante é que todos tenham voz, porque é nesse diálogo e nessa troca de informações que vamos avançar''.

Além disso, Rafael ainda explicou o que significa o termo, muito falado atualmente, identidade de gênero. ''A identidade de gênero aparece junto com o termo orientação sexual e são duas formas que estão relacionadas à comunidade LGBT'', afirmou e concluiu: ''a orientação sexual está relacionada à quem eu direciono o meu desejo ou o meu afeto e daí surgem os termos homossexual, heterossexual, bissexual e panssexual. A identidade de gênero tem a ver com a expressão de gênero da pessoa, ou seja, essa identidade de gênero de masculino e feminino não se relaciona, necessariamente, com macho e fêmea, que é atribuído no nascimento da pessoa''.

Confira a entrevista na íntegra com o advogado Rafael dos Santos