Juízes estaduais, federais e trabalhistas participam de reunião na sede de Foz do Iguaçu da AMAPAR

Rômulo Cardoso Segunda, 28 Abril 2014

Juízes estaduais, federais e trabalhistas participam de reunião na sede de Foz do Iguaçu da AMAPAR

Na sexta-feira (25) cerca de 50 juízes que atuam na Região Oeste do Paraná – lotados nas esferas estadual, federal e trabalhista – fizeram importante reunião na sede da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR), em Foz do Iguaçu.

Ao comentar o encontro histórico, o presidente da AMAPAR Frederico Mendes Júnior ressaltou a importância em torno da união das três parcelas da magistratura. “A divisão da Justiça só é boa para as pessoas que querem o enfraquecimento do Judiciário. No Brasil toda a Justiça está em um mesmo nível, separada apenas por divisão de trabalho, geralmente por matéria, ou em razão da pessoa que participa da demanda. Para um ou outro ponto de divergência entre os diversos ramos da Justiça, há um universo inteiro de interesses que são comuns – e nesta pauta que é comum, como o ATS e eleições diretas, devemos sempre estar juntos”, enfatizou, ao lembrar pleitos comuns que movimentam o universo associativo dos magistrados.

Frederico também salienta que o evento encontra inspiração em decisão recente da qual foi relator o Ministro Cezar Peluso, onde o STF decidiu que a magistratura é nacional, tem direitos e deveres iguais, em qualquer ramo da Justiça – que é dividida apenas em razão da competência para julgar.

Conforme pontuou Frederico, a união com colegas que atuam nas áreas federais e trabalhistas tem que sair do papel e fazer parte da vida diária da magistratura. “Implica em mudança de mentalidade e comportamento dentro da própria magistratura, de se ver como iguais. A divisão em órgãos completamente estanques e que se bastam em si mesmos somente prejudica a magistratura nacional, que deve lutar pela união. Esta não é uma preocupação somente da AMAPAR, mas também da APAJUFE e AMATRA”, lembrou.

A reunião realizada em Foz do Iguaçu se dividiu em duas partes, uma voltada para todos os magistrados presentes e a outra somente para associados da AMAPAR. No segundo encontro foi feito um balanço da gestão, nestes primeiros dois meses, e prestado contas das ações da AMAPAR, EMAP e JUDICEMED.

Opiniões - Para o juiz Geraldo Dutra de Andrade Neto, que atua em Foz do Iguaçu e é vice-presidente da AMAPAR, a reunião foi excepcional, pois possibilitou o congraçamento entre os magistrados dos diversos ramos da Justiça, que acabam se encontrando apenas casualmente – o que impede a formação de laços mais duradouros. “A diretoria da AMAPAR tem se esforçado muito para, cada vez mais, estar próxima de seus associados e de segmentos da sociedade que, de alguma forma, possam colaborar com a melhoria da Justiça. Isso tem a ver com a forma com que o Frederico enxerga o mundo e o associativismo, sem barreiras, sem preconceitos, tentando mudar as coisas para melhor com atitudes simples e trabalho”, comentou.

O juiz Marcos Antônio de Souza Lima, que é vice-diretor da EMAP de Foz do Iguaçu, considera que o momento atual é de mudanças de paradigmas. “Estamos em um momento de transição. A EMAP tem que se reformular para conseguir atender as necessidades deste novo momento e conseguir se manter competitiva. O sistema de Justiça está mudando e a eleição direta, por exemplo, é algo inevitável. Neste processo todo, que traz as inseguranças naturais da mudança, a direção da AMAPAR vem exercendo papel fundamental”, lembrou.

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