Desembargador Kfouri conta a experiência de estudos na terrinha

Rômulo Cardoso Terça, 29 Abril 2014

Desembargador Kfouri conta a experiência de estudos na terrinha

Considerado um dos grandes líderes da magistratura paranaense, o desembargador Miguel Kfouri Neto não traz apenas no currículo gestões destacáveis nas presidências da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) e Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Também é admirado por seus alunos, colegas professores e amigos por exercer com maestria suas atividades paralelas – de jurista e professor.

Para aprimorar ainda mais o vasto conhecimento jurídico, Kfouri permaneceu recentemente, durante seis meses, em Lisboa, Portugal. Fez pesquisas no programa de pós-doutoramento em Ciências Jurídico-Civis da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sob a orientação do professor doutor Oliveira Ascensão, com ênfase na área do Direito Civil.

Confira abaixo as impressões de um dos grandes líderes da magistratura paranaense sobre seus estudos na terrinha, o prazer em lecionar e a paixão pelo Poder Judiciário.

Desembargador Miguel Kfouri Neto, como foi a experiência de estudos na terrinha?

Permanecemos em Portugal durante cerca de seis meses, residindo em Lisboa. Minhas pesquisas, no programa de pós-doutoramento em Ciências Jurídico-Civis, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sob a orientação do professor doutor Oliveira Ascensão, relacionaram-se ao Direito Civil. Mais especificamente, à área da responsabilidade civil médico-hospitalar. O resultado desse estudo constará da reedição da obra "Culpa Médica e Ônus da Prova", há muito esgotada. Residir e estudar algum tempo noutro país, vivenciar realidade muito distinta do nosso cotidiano, foi deveras enriquecedor.

Além da magistratura, o senhor sempre foi celebrado como professor. O senhor já voltou às salas de aula? Qual o maior prazer em lecionar?

Já voltei às aulas no Curso de Mestrado em Direito e na Graduação, da UNICURITIBA, instituição de ensino superior da qual recebi integral apoio. Leciono há mais de quarenta anos, primeiro em colégios e cursos pré-vestibulares, desde 1973, depois no Curso de Direito da UEM, a partir de 1984.   Ainda sinto enorme prazer nesse contato com os alunos, com os quais sempre aprendo muito. Dar aulas é também um desafio constante, além de valioso estímulo.

Após ter presidido a AMAPAR e o TJ e agora, ao analisar as experiências obtidas, não estando mais na condução administrativa, qual legado o senhor acredita ter deixado aos magistrados e Poder Judiciário do Paraná?

O legado da amizade, que perdura ao longo do tempo, independentemente de cargos ou funções - e do trabalho incansável, que é atributo marcante dos magistrados paranaenses. Tanto na AMAPAR, quanto no TJ, os objetivos conquistados foram resultado da dedicação de todos nós.

O senhor deve ter acompanhado nos noticiários – os poucos – que colocaram o TJ-PR como um dos mais operosos do país. Qual a satisfação em receber a notícia?

O Estado do Paraná pode se orgulhar por possuir, ao longo de seus quase 123 anos de existência, juízes e desembargadores extremamente operosos. Agora, que as condições de assessoramento e estrutura de trabalho se aprimoram, o resultado não poderia ser diferente. Sentimo-nos, todos, muito felizes por pertencer ao Judiciário paranaense.

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