AMAPAR observa a instabilidade do Projudi e apresenta novo requerimento ao TJPR com a finalidade de otimizar o sistema

Rômulo Cardoso Segunda, 16 Agosto 2021

A AMAPAR direcionou novo requerimento ao TJPR com a finalidade de otimizar o funcionamento do Projudi. Embora reconheça o esforço do Tribunal e dos técnicos que exercem as mais variadas funções no DTIC, a AMAPAR ressalta que são recorrentes as reclamações de associadas e de associados sobre o citado software.

 

 

Também é apontado que a AMAPAR tem indicado magistrados em diversas comissões e comitês para auxiliar o bom desenvolvimento do Projudi, porque compreende que o processo digital atende não só o interesse da administração judiciária, como também dos magistrados, dos servidores, dos advogados e dos jurisdicionados. “A efetiva oitiva de tais associados dentro da gestão de governança para que haja colaboração prévia, concomitante e posterior ao desenvolvimento de novas ferramentas ainda se mostra incipiente”, acrescenta.

 

 

O novo requerimento apresentado, especificamente, versa sobre a instabilidade e a necessidade de otimizar a utilização do Sistema Projudi.

 

Em síntese, no requerimento, a AMAPAR afirma que os incidentes de instabilidades se acentuam quando das mudanças de versões do Projudi ou adoção de novos protocolos de segurança. Tais intercorrências desgastam emocionalmente a magistratura, apontou a AMAPAR, além de acarretar atrasos no impulsionamento de processos em todo o Estado do Paraná em especial refletindo em liminares, audiências, decisões e sentenças.

 

Por conta dessa realidade impressa pelo ambiente de tecnologia do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, não é incomum se deparar com relatos de magistrados associados no sentido de que estão trabalhando em horários fora do expediente para tentar desempenhar o trabalho jurisdicional, às custas de seus horários de repouso e convívio familiar, anote-se”, trouxe o requerimento.

 

 

O pedido da AMAPAR também tem como foco a questão de autenticação no sistema, com a segunda camada, atualmente em fase de implantação. “Requer-se que tais alterações, além de serem precedidas de ampla publicidade direcionada à Magistratura, contem com efetiva participação dos Magistrados e que passem por testes com o próprio usuário Magistrado, antes de seguirem para a plataforma de produção, o que, por certo, minimizará os transtornos que seguidamente decorrem de novas versões”, sugestionou.

 

 

A AMAPAR explica que a segunda camada de autenticação pode melhorar a segurança de login e senha do Projudi e inibir o roubo e utilização indevida de senhas dentre usuários comuns. “Porém, há várias formas de implementar, em especial no que é pertinente, a frequência. O modelo proposto de exigir a segunda camada de autenticação toda vez que o navegador é encerrado (ou toda vez que a sessão expirar) vai exigir que sempre se tenha o smartphone na mão para abrir o aplicativo autenticador e digitar o código ali existente”, acrescentou.

 

 

Ressaltou, ainda, que o procedimento aumenta o tempo gasto diário para acesso (tempo produtivo que quando multiplicado por milhares de usuários chega a uma monta relevante para a instituição), além de tumultuar o uso ordinário pelos usuários internos, se por algum motivo não estiverem com seus celulares (quebra, roubo etc.). “Para suavizar estes contratempos, sugere-se a utilização de um maior intervalo de confiança do computador (sempre opcional pelo usuário) não inferior a um dia”, trouxe o pedido. 

 

Este intervalo de confiança, explicou a AMAPAR, seria acompanhado da exigência contínua de login e senha, como sempre ocorreu, dispensando, portanto, autenticação (e todos os gargalos de infraestrutura que vêm ocorrendo desde 03/08/2021) diária da segunda camada que tem prejudicado o trabalho jurisdicional de primeiro e segundo graus de jurisdição. “Importante, porém, que seja mantida a possibilidade de login através do certificado “A3”, para que haja ao menos uma solução alternativa, em caso de algum problema com os smartphones dos usuários, ora exigidos para o acesso”, complementou a entidade representativa da magistratura paranaense.

 

 

Também foi requerido pela AMAPAR, para minimizar “cliques” e procedimentos totalmente desnecessários, que, após o acesso com login, senha e token, ou pelo Certificado A3, que não seja direcionado o usuário para a tela onde pode escolher entre seu perfil de parte ou de Magistrado, mas, com efeito, que seja de plano direcionado à área do perfil do Magistrado. “Por fim, solicita-se que haja maior transparência no sistema de tickets de atendimento através do SAU, para que seja possível acompanhar mais detalhadamente sua rotina de atendimento em tempo real para toda a magistratura paranaense”, acrescentou.

 

 

Diante do exposto, ao finalizar o requerimento, a AMAPAR requereu:

 

a) quanto à segunda camada de autenticação, atualmente em fase de implantação, requer-se que tais alterações, além de serem precedidas de ampla publicidade direcionada à Magistratura, contem com efetiva participação dos Magistrados e que passem por testes com o próprio usuário Magistrado, antes de seguirem para a plataforma de produção;

b) ainda quanto à segunda camada de autenticação, sugere-se a utilização de um maior intervalo de confiança do computador (sempre opcional pelo usuário) não inferior a um dia;

c) que seja mantida a possibilidade de login através do certificado “A3”, para que haja ao menos uma solução alternativa, em caso de algum problema com os smartphones dos usuários, ora exigidos para o acesso;

d) para minimizar “cliques” e procedimentos totalmente desnecessários, que, após o acesso com login, senha e token, ou pelo Certificado A3, que não seja direcionado o usuário para a tela onde pode escolher entre seu perfil de parte ou de Magistrado, mas, com efeito, que seja de plano direcionado à área do perfil do Magistrado;

e) que haja maior transparência no sistema de tickets de atendimento através do SAU, para que seja possível acompanhar mais detalhadamente sua rotina de atendimento em tempo real para toda a magistratura paranaense.

 

Clique aqui para visualizar a cópia do requerimento na íntegra. 

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