AMAPAR proporciona importante troca de experiências para juízes substitutos e vitaliciandos em Foz do Iguaçu

Rômulo Cardoso Quarta, 16 Setembro 2015

AMAPAR proporciona importante troca de experiências para juízes substitutos e vitaliciandos em Foz do Iguaçu

A Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) promoveu no último final de semana, em Foz do Iguaçu, o quarto encontro de juízes substitutos e em processo de vitaliciamento, que teve como tema "O Juiz Constitucional e sua Relação com a Sociedade". O evento contou com a presença da diretoria da AMAPAR e de membros da cúpula diretiva do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

O Desembargador Fernando Bodziak participou da abertura do evento, oportunidade em que fez uma exposição sobre as atribuições da 2º Vice-Presidência do Tribunal de Justiça, que atua como Supervisora dos Juizados Especiais e recentemente teve seu âmbito de atuação ampliado em razão de ter assumido a coordenação também dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC's).Representando a Corregedoria-Geral da Justiça esteve presente o Juiz Auxiliar Jefferson Johnson, que fez uma breve explanação das atividades do órgão censor. O Des. Paulo Roberto Vasconcelos, Presidente do Tribunal de Justiça, palestrou sobre a administração judiciária no Século XXI, fazendo uma reflexão sobre a figura do juiz administrador. Um dos debatedores foi o Juiz Rogério Cunha, professor de processo civil, que ressaltou a importância do juiz identificar os problemas administrativos da sua unidade judiciária, planejar quais as ações a serem tomadas para superá-los e depois executar o plano de trabalho.  

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Os trabalhos ainda concentraram temas como proatividade judiciária e gestão cartorária. Juliano Manica, que jurisdiciona em Maringá, tratou de questões como o juiz do futuro, dever de prudência e gestão de crises no sistema carcerário. O último palestrante foi o Juiz Guilherme Rezende, titular da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, que destacou a importância da profissionalização da gestão cartorária, com enfoque na delegação de atos ordinatórios. Também foram conduzidas atividades práticas, onde, reunidos em pequenos grupos, os associados fizeram estudos de caso, debates e apresentação plenária das conclusões.

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O objetivo claro do encontro, como relata o juiz Ariel Dias, que atuou na organização e faz parte da Comissão de Prerrogativas da AMAPAR, está em acolher os juízes que estão no início de carreira, ouvir e ajudar na solução dos principais problemas afetos ao trabalho jurisdicional.  Ariel também recorda que a realização de encontros ordinários com vitaliciandos e substitutos teve início na gestão do desembargador Kfouri, quando bem conduziu a presidência da AMAPAR. “O juiz em processo de vitaliciamento está em uma situação mais frágil, pois passa por estágio probatório, sendo acompanhado de perto pelo juiz formador, corregedoria e CNJ. Procuramos facilitar essa troca de informações”, explica.

Ariel , que exerce as funções em Foz do Iguaçu, comenta que o encontro possui um viés científico e outro também voltado ao congraçamento de colegas. Como lembra o magistrado, a quarta edição do encontro teve um diferencial, batalhado pela Presidência da AMAPAR, pois foi crendenciado junto à ENFAM e valeu horas para auxiliar no processo de vitaliciamento. “No encontro os juízes tiveram a oportunidade de trazer as principais dificuldades enfrentadas no cotidiano, assim a AMAPAR pode ter conhecimento das questões e lutar por melhorias não apenas para esse segmento da magistratura, mas para toda a classe”, afirma.

Ao também atuar na coordenação das atividades, o vice-presidente da AMAPAR, Geraldo Dutra de Andrade Neto, revela ser essencial a troca de experiência entre colegas. “Um evento de grande importância, pois oportuniza dar mais condições para juízes vitaliciandos enfrentarem o trabalho no dia a dia”, pontua.

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REFERÊNCIA

Responsável direto pela cultura de bem acolher e orientar juízes substitutos e vitaliciandos, o Desembargador Miguel Kfouri Neto participou do encontro como palestrante, apresentando farta pesquisa sobre o tema magistratura e sociedade. Reafirma que até para os mais antigos na carreira, a certeza de que o Poder Judiciário do Paraná pode se orgulhar da nova geração de magistrados. “Jovens julgadores, solidamente vocacionados, qualificados para o exercício do cargo e conscientes da missão que abraçaram, têm a exata noção das expectativas da sociedade, voltadas ao Judiciário”, comenta.

ENCONTRO DE VANGUARDA

Ferdinando Scremin Neto, da comarca de Ubiratã, acumula experiência na carreira de magistrado desde 2008, pois exercia as funções no estado de Alagoas. Para ficar mais perto da família e amigos decidiu fazer novo concurso, obteve êxito e desde o ano passado exerce as atividades no Paraná, terra em que nasceu. Participou do curso e conta que a iniciativa da AMAPAR é de vanguarda, pois ao conversar com colegas juízes, de outros estados, o magistrado revelou desconhecer qualquer evento similar, com a possibilidade de reunir exclusivamente juízes substitutos e vitaliciandos. “A iniciativa da AMAPAR atingiu plenamente seus objetivos e mereceu avaliação excelente de todos os participantes. O eventoserve de exemplo para outras associações, pois é um evento de vanguarda”, afirma.

Juiz desde o ano passado, Luiz Fernando Montini atualmente exerce a judicatura em Realeza. Participou do encontro e elogia a AMAPAR pela oportunidade de estabelecer contato profícuo junto à cúpula e com os demais colegas, além dos debates acerca das principais questões enfrentadas no cotidiano de trabalho. Também destaca a possibilidade que foi levantada de ser estabelecido um canal mais direto entre magistrados e a AMAPAR.   

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