Aposentados e pensionistas da AMAPAR fazem questionamentos pertinentes à equipe da ParanaPrevidência
Rômulo Cardoso Quarta, 27 Maio 2015
Pontos sensíveis da recente reforma na previdência do funcionalismo público do Paraná foram novamente debatidos na Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR), na tarde desta terça-feira (26), por mais de 70 magistrados aposentados e pensionistas. A reunião no auditório da sede administrativa da AMAPAR ganhou contorno especial ao possibilitar que associados formulassem questionamentos à equipe da ParanaPrevidência, convidada especialmente para a primeira etapa da reunião. Estiveram presentes, ainda, representantes do Ministério Público que também opinaram sobre temas atinentes à aposentadoria de seus membros.
As recentes alterações aprovadas na pasta previdenciária do estado, propostas pelo Governo, têm tomado grande atenção por parte da AMAPAR. Ao abrir o encontro, o presidente Frederico Mendes Júnior enfatizou a preocupação da entidade com as importantes parcelas de associados aposentados e pensionistas, além dos impactos que poderão resultar em perdas para toda a magistratura. “Estamos iniciando novas discussões para tratar das alterações no regime de previdência que foram feitas no final do mês de abril. Procuraremos novas soluções para atender a importante parcela de aposentados e pensionistas da AMAPAR”, comentou Frederico, ao fazer menção à alteração proposta pelo Executivo de transferir mais de 30 mil aposentados do Fundo Financeiro para o Fundo Previdenciário.
O mandatário da AMAPAR também ressaltou que esta é a quarta reunião da atual gestão da entidade dedicada às causas dos associados jubilados. Frederico agradeceu o empenho dos desembargadores Haroldo da Silva Wolff, Antônio Lopes de Noronha, Jesus Sarrão e o juiz João Maria de Jesus Campos Araújo que trabalharam no chamamento de colegas para a reunião e a dedicada colaboração.
Questionamentos pertinentes estabelecidos pelos associados da AMAPAR passaram por vários aspectos, desde a taxação de 11% nas aposentadorias de magistrados, as possíveis isenções decorrentes de doenças, as dívidas devidas ao Fundo Previdenciário e demais impactos que atingem significativamente à segurança financeira da magistratura.
Diretor da ParanaPrevidência em gestões passadas do Governo do estado, o desembargador Munir Karam lamentou o atual entrave que envolve o Executivo e funcionalismo público. Contou aos demais pares que colaborou junto à pasta previdenciária desde a sua origem e explicou a importância de se fazer uma distinção entre os déficits atuarial e financeiro da previdência, atualmente. “A ParanaPrevidência, como fundo, sempre foi superavitária. Deve ser levado em conta o aspecto atuarial”, explicou.
Na segunda parte da reunião, apenas com associados à AMAPAR, foram debatidas novamente as ações cabíveis referentes à taxação de 11% nas aposentadorias, como o precedente positivo conquistado após liminar concedida recentemente pelo TJ-PR e que agora pende de julgamento de um agravo regimental no Órgão Especial.
Comissão nacional da paridade – Também referente às ações judiciais que dizem respeito às prerrogativas de magistrados aposentados, o presidente da AMAPAR comunicou aos presentes da formação, por parte da AMB, de uma comissão nacional da paridade, que terá quatro membros de diferentes estados. O Paraná conquistou uma cadeira nos trabalhos da referida comissão e será representado pelo desembargador Antônio Lopes de Noronha. “Existem iniciativas individuais, por parte dos estados, na apresentação de ações em benefício aos aposentados. A comissão trabalhará, daqui por diante, para a criação de uma política nacional”, destacou Frederico.
Ao falar das atividades desenvolvidas junto à comissão, o desembargador Noronha explicou que o objetivo está na formação de um cadastro nacional de todas as ações que estão tramitando no país para uniformização dos pedidos. “A ideia da comissão é excepcional, assim como a vitória da AMAPAR em participar das atividades”, comentou o magistrado.