Comissão de Gênero e Diversidade da Amapar ressalta valores primordiais como pautas de atuação

Rômulo Cardoso Sexta, 02 Dezembro 2022

 Comissão de Gênero e Diversidade da Amapar ressalta valores primordiais como pautas de atuação

A criação da Comissão de Gênero e Diversidade da Amapar, apresentada oficialmente no dia 25 de novembro, no auditório da sede administrativa, teve uma recepção de destaque, como noticiado anteriormente, que foi ratificada pelas magistradas ouvidas pela entidade. 

 

O ato que marcou o lançamento da comissão foi estendido para um encontro especial na sede de Guaratuba da Amapar, durante o último final de semana, com a participação de dezenas de magistradas. Na sede litorânea o evento teve contorno especial. O grande momento foi o círculo de diálogo realizado entre as participantes. Com a metodologia do círculo de construção de paz, da Justiça Restaurativa, as juízas facilitadoras, Claudia Catafesta e Daniana Schneider, conduziram um diálogo focado no autocuidado e no estabelecimento dos valores que elas entendem primordiais para a atuação da Comissão de Gênero e Diversidade da Amapar. 

 

O grupo entendeu que valores como gentileza, diversidade, união, humildade, coragem, leveza, sororidade, autenticidade, formação permanente, conhecimento, integridade, perseverança, ação, resiliência, força, iniciativa, sensibilidade, amizade, compaixão, empatia, cooperação, inovação e afeto devem pautar as ações da Comissão.

 

OPINIÕES

 

A juíza Cláudia Catafesta ressalta que a Comissão demonstra o alinhamento da associação de magistrados e magistradas com o movimento global de desenvolvimento sustentável do planeta, tendo em vista que o ODS 5 da Agenda 2030 da ONU elenca a igualdade de gênero como um objetivo a ser alcançado pelos estados-membros. “Estabelecendo como uma das metas a garantia da participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública. Essa é uma pauta não apenas das mulheres, mas da humanidade”, completa. 

 

MARCO EVOLUTIVO

 

A juíza Daniana Schneider destaca o propósito da Comissão.  “Precisamos desse espaço para ouvir, perceber e expor nossas necessidades - sentidas  pelo machismo estrutural. Com sensibilidade, o Presidente Jederson Suzin abraçou esse compromisso falando  “pra que” serve a comissão. E, pela persistência da diretora  da comissão, juíza Jaqueline Allievi, firmamos nossos valores no encontro em Guaratuba.  Por fim, lembro que  igualdade de gênero e diversidade são compromissos que não admitem passividade, porque provocam a “indignação moral baseada em princípios” a que se refere a autora Joan Halifax na sua obra “À beira do abismo”, ao abordar os limites do exercício da empatia, integridade e altruísmo, corroborando a legitimidade dessa ação”, pontuou.

 

MOBILIZAÇÃO 

 

A juíza Berenice Ferreira Silveira Nassar aponta que a Comissão vem somar e promover visibilidade à mobilização das magistradas paranaenses em defesa do protagonismo das mulheres e de todas as minorias subjugadas pelo sistema. “Essa mobilização ganhou forma no ano de 2022 pela criação da comissão e através do Grupo Antígonas, que já conta com mais de 170 integrantes, juízas do TJPR”, completou. 

 

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O evento proporcionou às magistradas uma aula especial com noções de duas artes marciais - jiu-jítsu e hapkido. 

 

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