Desembargador Paulo Hapner recebe homenagens ao se despedir do TJ

Rômulo Cardoso Quarta, 23 Abril 2014

Desembargador Paulo Hapner recebe homenagens ao se despedir do TJ

O desembargador Paulo Roberto Hapner recebeu na terça-feira, dia 22, o abraço e muitas palavras em tom de homenagem por ter participado de sua última sessão como julgador da quinta câmara cível do Tribunal de Justiça do Paraná. Hapner completa 70 anos de idade no dia 10 de maio e deixará, após 46 anos de carreira, a magistratura paranaense.

Celebrado como grande amigo, pessoa alegre, de bom trato e excelente julgador, Hapner ouviu emocionado as manifestações de carinho durante a sessão presidida pelo colega de segundo grau, o desembargador Nilson Mizuta.

O primeiro a falar foi o presidente do TJ, desembargador Guilherme Luiz Gomes, que enalteceu as qualidades de Paulo Hapner, como a vocação e dignidade. “Vestiu a toga com honradez”, elogiou o mandatário do Tribunal, ao pedir uma salva de palmas durante o ato.

Ao falar em nome da magistratura paranaense, o presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR), Frederico Mendes Júnior, lembrou a pessoa fabulosa que “Paulão” - como é conhecido no Judiciário - sempre demonstrou ser. “Pessoa que não tem explicação na ciência. Juiz excepcional, historiador, vencedor em tudo que fez. Campeão de basquete, cantador e amigo. Aonde chega, todos sentam em volta. Foi assim em Cascavel, Foz do Iguaçu e até no Paraguai”, brincou.

O representante da AMAPAR falou da influência que Hapner sempre foi para os juízes do Paraná. “Pessoa que influenciou uma multidão de juízes, um verdadeiro irmão mais velho e referência para a magistratura jovem que chegava ao Oeste do Paraná”, completou Frederico, que entregou uma placa ao homenageado.

O representante do Ministério Público na sessão, Mateus Eduardo Bertoncini, disse que Paulo Hapner é como um irmão para todos, além de comentar da satisfação que é conviver com o magistrado.

Representante da OAB na homenagem, o professor Romeu Felipe Bacellar falou que Paulo Hapner é um juiz diferenciado, amigo e professor dos advogados. “Um homem que não oferece o ombro amigo para o amigo chorar, ele não deixa o amigo chorar, essa é a diferença”, destacou.

Também falou na homenagem o desembargador Antônio Loyola, ao salientar que Paulo Hapner sempre estendeu a mão aos amigos. A desembargadora Regina Portes falou da amizade com Paulo e lembrou o espírito hospitaleiro do colega de Tribunal.

Ao falar em nome da quinta câmara cível, o colega Adalberto Xisto Pereira falou do apreço que todos manifestam por Paulo Hapner, além do alto conhecimento, inteligência e cultura jurídica.

Filhos e esposa – Os filhos Paulo e Bruno também fizeram questão de homenagear o pai. Paulo disse do desejo incontido de se utilizar da tribuna para falar. “A dedicação concedida aos que buscaram o seu juízo, sempre sereno, concederam-lhe inequívoco respeito”, elogiou.

Bruno agradeceu a alta demonstração de carinho dos colegas de Paulo Hapner. “Para nós, com o respeito de todos que aqui merecem, nós gostamos tanto do senhor que o seus votos vencidos deveriam ser vencedores”, pontuou.

Companheira de vida, Irecê Hapner, que atuou como promotora do Ministério Público, falou da felicidade em ter o marido sempre ao seu lado. “Sem arrependimento, eu digo hoje que me dediquei, socialmente, mais à Magistratura do que ao Ministério Público”, afirmou.

Após todas as homenagens, o desembargador Paulo Hapner, muito emocionado, mostrou uma ferramenta de trabalho de seu pai, uma fotografia da posse como juiz e um caderninho, onde guarda com carinho recortes de jornais que noticiaram o início de sua carreira. Ao falar, Hapner leu o discurso que havia proferido quando entrou para o quadro da magistratura paranaense. O desembargador também agradeceu as palavras transmitidas, além do apoio de familiares e funcionários do gabinete. Ao final, entoou uma canção, como é de praxe.

Carreira - Paulo Roberto Hapner, filho de David Hapner e Olga Friedmann Hapner, nasceu no dia 10 de maio de 1944, na cidade de Curitiba (PR). Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná, turma 1966. Aprovado em concurso público para juiz substituto, foi nomeado em 26 de dezembro de 1968 e exerceu suas funções nas comarcas de São José dos Pinhais, Araucária, Engenheiro Beltrão, Peabiru e Cianorte. Após novo concurso, no dia 14 de outubro de 1969 foi nomeado juiz de direito da Comarca de Assis Chateaubriand. Judicou, a seguir, nas comarcas de Mandaguaçu, Santo Antonio do Sudeste e Cascavel.

Em 8 de fevereiro de 2000 foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e, no dia 31 de dezembro de 2004, foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Católica do Paraná, turma 1968.

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