Diretoria da AMB pede ao presidente da comissão da Reforma da Previdência a inclusão da entidade nos debates
Rômulo Cardoso Quarta, 08 Fevereiro 2017
Deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e diretoria da AMB
A diretoria da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) tem feito durante todo o início desta semana esforço concentrado em Brasília, que inclui reuniões com parlamentares para tratar de projetos de lei que influenciam diretamente o âmbito da magistratura.
Destaque para o encontro, nesta quarta-feira, com o deputado federal Carlos Marun (PMDB – MS), indicado dias antes para presidir a comissão da Câmara que analisará a Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal.
As possíveis alterações previdenciárias têm sido acompanhadas atentamente pela AMB e demais entidade que representam os magistrados, como é o caso da AMAPAR.
O juiz Frederico Mendes Junior, presidente da entidade paranaense e coordenador da Justiça Estadual da AMB, ressalta a atenção dada por parte da magistratura à Reforma da Previdência. “O deputado Carlos Marun foi nomeado presidente da comissão e prontamente, um dia depois, estabelecemos contato. Pedimos ao parlamentar, desde já, que a AMB seja uma das entidades ouvidas, das que representam o setor público, nos debates da comissão sobre a Reforma da Previdência”, comenta.
Também representante da AMAPAR na capital federal, o juiz Geraldo Dutra de Andrade Neto afirma que reforma vai ser a maior luta legislativa durante todo o ano no Congresso Nacional. “Essa reforma é extremamente radical e prejudica muito, não só a magistratura, mas todo o funcionalismo público. A ideia é que a magistratura participe ativamente de todos os debates”, conta Geraldo Neto, diretor de assuntos institucionais da entidade paranaense.
AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (7) que as comissões especiais das reformas da Previdência e trabalhista serão instaladas nesta quinta-feira (9).
Maia já assinou os atos da criação dos colegiados, e já foram lidos em Plenário. Após 48 horas as comissões já podem ser instaladas, com as indicações dos seus integrantes.
Segundo Rodrigo Maia, as matérias são urgentes, mas o debate está garantido. “O Brasil está em uma crise muito grande para perder tempo em duas matérias que são urgentes. Ninguém vai suprimir o debate nessas duas matérias. O que não podemos é deixar de fazer o debate. Atrasar e não instalar”, disse o presidente.
O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), indicado para presidir a comissão especial Câmara que irá discutir a reforma da Previdência Social, proposta pelo governo do presidente Michel Temer, quer aprovar o projeto no Congresso ainda no primeiro semestre de 2017, conforme anunciou em entrevista coletiva, no diretório regional do partido a que está vinculado.