Juíza do Paraná está entre as finalistas de projetos da AMB para o enfrentamento da violência doméstica e familiar

Rômulo Cardoso Quarta, 03 Março 2021

Juíza do Paraná está entre as finalistas de projetos da AMB para o enfrentamento da violência doméstica e familiar

O dashboard “Ferramenta para fortalecimento da prestação jurisdicional às mulheres em situação de violência doméstica e familiar”, da juíza Taís de Paula Scheer, associada à AMAPAR, está entre os sete projetos aprovados preliminarmente no Ideathon sobre combate à violência doméstica e familiar, realizado pelo Laboratório de Inovação e Inteligência da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB Lab).

 

A ferramenta escolhida por Taís de Paula Scheer para desenvolver a ideia – dashboard -, em síntese, pode ser uma espécie de painel visual que apresenta, de maneira centralizada, um conjunto informações: indicadores e suas métricas. Essas informações são utilizadas, com frequência, nos indicadores da área de TI e de gestão empresarial, também como recurso para auxiliar na tomada de decisões.

 

Inovação

 

A maratona de ideias e habilidades incentiva o desenvolvimento de insights e soluções tecnológicas, inovadoras e criativas para enfrentar a violência contra a mulher no Brasil. O objetivo é que propostas submetidas ajudem o Poder Judiciário a acolher e a atender as vítimas. O resultado final deve ser divulgado até 9 de abril.

 

A competição foi motivada pelo aumento da violência de gênero durante a pandemia da Covid-19, declarada em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que os registros de casos retraíram 9,9% de janeiro a junho de 2020, mas o número de ligações para a Polícia Militar aumentou 3,3% no período. Enquanto isso, os números de feminicídio ajudam a dimensionar a questão: 648 mulheres foram vítimas desse crime no período, um crescimento de 1,1% em comparação ao mesmo período do ano passado.

 

O isolamento social, necessário para reduzir o contágio pelo novo coronavírus, dificultou que as mulheres pudessem registrar os crimes por meio de canais tradicionais, nas delegacias. Assim, os meios digitais se destacam. É o caso de botões de pânico em aplicativos para outras finalidades e de bots, softwares que simulam ações humanas e que dão instruções sobre o que fazer diante de agressões e auxiliam o pedido de ajuda.

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