Semana da Mulher - Confira a entrevista com a juíza Débora Cassiano Redmond, vice-presidente da AMAPAR

Rômulo Cardoso Sexta, 08 Março 2024

Semana da Mulher - Confira a entrevista com a juíza Débora Cassiano Redmond, vice-presidente da AMAPAR

Débora Cassiano Redmond, juíza e vice-presidente da AMAPAR, lembra que a entidade tem como missão primordial a união e a salvaguarda da independência dos magistrados paranaenses.Por via transversa, garante a democracia nacional, visto que somente juízes independentes são aptos a desempenhar livremente o seu mister”, destaca a magistrada. Confira mais na entrevista.

 

Como sintetiza o trabalho da AMAPAR e quais são as principais frentes que a associação deve priorizar em prol das prerrogativas e valorização da magistratura?

 

A Associação dos Magistrados do Paraná tem como missão primordial a união e a salvaguarda da independência dos magistrados paranaenses. Por via transversa, garante a democracia nacional, visto que somente juízes independentes são aptos a desempenhar livremente o seu mister.

 

É importante pontuar que a nova gestão da AMAPAR, atenta a essa missão, tem por foco a defesa irrestrita das prerrogativas da magistratura. Há a intenção de realizar uma ampla escuta de todos os colegas, de cada comarca do nosso Estado, para melhor entendermos a necessidade e peculiaridades de cada região.  Tudo isso, sempre pensando na defesa das nossas garantias.

 

Ao voltar no tempo, na época que ingressou na magistratura. Quais são as principais diferenças, as mais pontuais, no cenário da magistratura brasileira para o momento atual, no que diz respeito à estrutura de trabalho, valorização de magistradas e de magistrados enquanto representantes de Poder e também as diferenças no papel desempenhado pelas  associações?

 

Há quase 12 anos tomei posse como magistrada e já foi possível perceber grandes e importantes avanços na nossa carreira. Cito, como exemplo, a possibilidade que tem sido conferida às magistradas de ocupar lugares de poder. Além disso, tem sido normalizada a realidade de que nosso trabalho pode, sim, nos causar problemas mentais, pelo que o Tribunal e a Associação têm conferido especial atenção a esse tema. Exemplifico, também, com o aumento de cursos que nos é ofertado, tais como mestrado profissional, cursos de Formação de Formadores e diversas outras possibilidades de aprimoramento do nosso conhecimento. Ainda temos muito o que avançar, mas as recentes conquistas são notórias e hão de ser enaltecidas.

 

Doutora, como despertou o interesse para o Direito e, consequentemente, para ingressar na magistratura?

 

Desde pequena sempre me interessei pelo Direito. Eu sentia que seria o campo que mais iria me aproximar dos problemas (e de possíveis soluções) que enfrentamos em diversas esferas da sociedade, algo pelo qual sempre tive interesse. No ensino médio despertei o interesse pelo Direito Penal ao ver filmes e ler sobre casos criminais de grande repercussão.  Hoje, com o sonho realizado, continuo apaixonada pelo Direito, mesmo ciente de que a realidade é bem diferente daquela ilusão criada quando adolescente.

 

No tempo exíguo, que pouco sobra, por conta das atribuições judicantes, quais as principais atividades de lazer que a doutora costuma se inclinar?

 

Nos momentos de lazer gosto de cuidar do meu lar, da minha família; de cuidar da minha saúde física e mental. Adoro passar tempo com a minha família e meus amigos; sempre harmonizando esses momentos com uma taça de vinho.

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