COVID-19: Magistrada Jéssica Guarnier adota sistema alternativo para videoconferência, relata eficiência apresentada e cotidiano durante o isolamento

Em regime de trabalho remoto, conduzido de sua residência, em Londrina, a juíza Jéssica Catabriga Guarnier relatou à AMAPAR como tem sido o seu cotidiano à frente de processos criminais e outras atividades jurisdicionais.

Partilhou uma experiência interessante e que se demonstrou bem efetiva, pois contou ter utilizado um sistema alternativo ao até então acessado pela magistratura para a realização de audiências por vídeoconferência. Ao adotar o “Zoom”, disse que não enfrentou nenhuma instabilidade, ao contrário do que tem notado, também em conversas com colegas, com a utilização do sistema Avaya, disponibilizado para audiências. Deu como exemplo a audiência de instrução e julgamento que conduziu de sua residência, que contou com a participação de promotor de Justiça, advogado e servidor, todos em sistema remoto de trabalho. Também participaram, via videoconferência, dois policiais militares que acessaram do batalhão de Londrina, uma conselheira tutelar e uma diretora de escola. “Utilizamos o sistema Zoom, pois o Avaya, o sistema oficial, está com muita instabilidade. Porém, tudo funcionou muito bem”, contou.

Indagada sobre como tem encarado o isolamento, afirmou que a magistratura está com grande demanda. “Está todo mundo cumprindo o isolamento social. No Projudi, nas varas criminais, com bastante movimento e a condução dos processos tem se desenvolvido normalmente”, disse. Nesta terça-feira, da 31, a magistrada conseguiu presidir, via sistema “Zoom” uma audiência de custódia com a participação de promotoria, defensor e preso. Outra observação trazida pela magistrada está no receio de alguns advogados, um pouco resistentes às audiências no sistema de videoconferência. “É uma tecnologia nova e as pessoas ficam receosas. Mas, na medida do possível, estamos conseguindo fazer as audiências”, afirmou.