Juíza Laryssa Copack Muniz apresenta projetos nos bairros de Ponta Grossa e homenageia colega

Rômulo Cardoso Quinta, 12 Setembro 2019

Entusiasta de questões atinentes à Justiça Restaurativa e aos projetos e meios de aproximação do Judiciário nas comunidades, a juíza Laryssa Angélica Copack Muniz colocou em prática três ações sociais bem interessantes e que formam o espírito da iniciativa batizada de “Ponta Grossa da Paz”. Englobam frentes de auxílio como a itinerância, a participação direta de pessoas residentes nos bairros e também uma justa homenagem. Quem ganha são os munícipes dos bairros de Ponta Grossa, cidade na região dos campos gerais.

 

Laryssa é juíza na 1ª vara criminal da comarca e contou à AMAPAR que o primeiro projeto tem como foco o atendimento dos já populares “CEJUSCs”, mas de uma forma itinerante, com o deslocamento de uma van cedida pela prefeitura.

 

Conta com o trabalho, ainda, de servidores, mediadores e facilitadores da justiça restaurativa que atendem as demandas nos bairros, muitas vezes consideravelmente distantes do fórum de Ponta Grossa, como esclarece a magistrada.

 

As demandas são pautadas no começo de cada ano, mas não em formato de mutirão, sendo concentrado o atendimento descentralizado e três meses antes o serviço é anunciado para que os interessados saibam quando o CEJUSC estará no bairro. “Temos bairros distantes em Ponta Grossa e muitas vezes as pessoas demoram mais de uma hora no ônibus até chegarem ao fórum”, explica a juíza.

 

Justa homenagem ? Sim, o segundo projeto desenvolvido teve como inspiração a juíza Liége Bonetti, que exerceu a magistratura com destaque na cidade de Maringá até falecer no ano de 2017. O trabalho de Liége ganhou notoriedade com a criação do programa Juizado Móvel de Trânsito e serviu como exemplo de boas práticas para a magistrada Laryssa Muniz. Terá início no próximo ano para atender acidentes de trânsitos em Ponta Grossa, quando o CEJUSC for acionado pelas autarquias de trânsito, ao resultar em acordos entre os envolvidos nos acidentes e posterior homologação.

 

“Decidimos, também, homenagear a colega Liége, que pensou e aplicou o projeto em Maringá. Entramos em contato com a família, que nos encaminhou a assinatura da magistrada, que agora está na van do nosso projeto. Uma forma de honrar tudo que ela fez pela magistratura e autocomposição”, explicou Laryssa.

 

O terceiro projeto tem a participação direta de moradores dos bairros, explica a juíza. Consiste em capacitar líderes locais que atendem uma vez por semana e atuam na mediação e na prática da justiça restaurativa. “Normalmente fazemos nas sedes das associações dos bairros”, esclarece.

 

As ideias da magistrada não param por aí. Um quarto projeto está sendo estudado e resultará em uma central de crise com atendimento às vítimas.

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