Projeto de ressocialização coordenado pelo juiz de Sengés confere estrutura à saúde pública

Rômulo Cardoso Quarta, 26 Junho 2019

Projeto de ressocialização coordenado pelo juiz de Sengés confere estrutura à saúde pública

A inauguração ocorrida na terça-feira, dia 25, de um ambulatório e a reinauguração da Unidade de Saúde da Vila São Pedro para atendimento da população de Sengés são claros exemplos da possibilidade real de ressocialização de presos, tendo a colaboração imprescindível do Poder Judiciário.



As obras que estruturam os serviços aos munícipes de Sengés foram possíveis graças a ideia e a concretização do Projeto Justiça sem Grades, capitaneado pelo juiz Marcelo Quentin, que atua na comarca.

 

Quentin tem desenvolvido, desde o ano de 2017, atividades de ressocialização em Sengés, com o objetivo de recuperar indivíduos que cometeram delitos, além de garantir o retorno à sociedade com capacitação profissional.

 

O projeto desenvolvido pelo magistrado possibilitou a construção e reforma nos citados prédios públicos e teve mão de obra dos detentos contratados mediante uma parceria entre o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (DEPEN) e a Prefeitura.

 

Como resultado de todo o trabalho, a população de Sengés ganhou maior estrutura na área de saúde. Além disso, um antigo imóvel que era ocupado como depósito pelo Poder Judiciário, passou à área da saúde, sendo o novo ambulatório de especialidades.

 

Marcelo Quentin contou à AMAPAR que considera importante o envolvimento da magistratura em projetos sociais, como no caso da execução penal, área em que o juiz é o responsável pelo deferimento de benefícios da Lei de Execução Penal e decide sobre o cometimento de faltas que podem gerar a regressão dos regimes de pena.

 

"A realização desses projetos capitaneados pelo Judiciário contribui diretamente no sucesso do escopo da Execução Penal no tocante à ressocialização. No caso em específico a não ocorrência de qualquer caso de reincidência é um indicativo de que o projeto está dando certo, o que é motivo de júbilo e satisfação"destacou Quentin.

 

Justiça sem grades

O projeto Justiça sem grades resulta em ganhos para o município com a redução do custo das reformas, bem como na capacitação de seus cidadãos que se encontram presos para que quando retornem ao convívio social consigam ingressar no mercado de trabalho, além da garantia de não ter havido nenhuma reincidência desde o início desta parceria.



De acordo com o convênio firmado a Prefeitura contrata 5 a 20 presas e presos que se encontrem em regime fechado, sendo autorizado pelo juiz, após ouvido o Ministério Público, a realização de atividade externa, recolhendo-se o pecúlio correspondente que permanece depositado em conta poupança até que haja progressão de regime.

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