União Internacional de Juízes de Língua Portuguesa debate corrupção e prerrogativas com a participação da AMAPAR

Rômulo Cardoso Quarta, 28 Novembro 2018

União Internacional de Juízes de Língua Portuguesa debate corrupção e prerrogativas com a participação da AMAPAR

A diretoria da AMAPAR marcou presença em um encontro de vanguarda no cenário da magistratura, ocorrido na cidade de São Paulo, no início desta semana, com a participação de magistrados de diversos países, para o seminário Combate à corrupção nos países de língua portuguesa, promovido pela União Internacional de Juízes de Língua Portuguesa (UIJLP) em co-parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da APAMAGIS. O evento também contou com a participação de diversos presidentes e associações de magistrados.

 

Durante dois dias, representantes da magistratura do Brasil, Portugal, Angola, Timor Leste, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – integrantes da UIJLP— debateram assuntos e a edição de termos de cooperação sobre o combate à corrupção e a defesa das prerrogativas da Magistratura.

 

A juíza paranaense Flávia da Costa Viana, presidente da UIJPL desde 2016, diretora de relações internacionais na AMAPAR e adjunta na pasta de assuntos internacionais da AMB, fez menção à relevância de seminários internacionais para o intercâmbio de conhecimento e experiências entre juízes lusófonos.

 

“Houve nesses últimos anos uma excelente interlocução da UIJLP com organizações internacionais e sua significativa projeção nesse contexto”, destacou a magistrada. 

 

O seminário também teve apontamentos para uma real cooperação e formação judiciária no espaço da língua portuguesa e palestra, em vídeo, do ministro Herman Benjamin (STJ) sobre o combate à corrupção.

 

Presidente da AMAPAR, o juiz Geraldo Dutra de Andrade Neto prestigiou o seminário e lembrou da importância que é a aproximação com as associações de magistrados países de língua portuguesa.

 

“Possibilita a troca de ideias e informações sobre direitos e prerrogativas da magistratura, o que pode beneficiar a todos”, disse o presidente da AMAPAR. 

 

O evento contou, ainda, com palestras de magistrados portugueses. O desembargador José Igreja Matos, que é presidente da Associação Europeia de Juízes e 1o vice-presidente da União Internacional de Magistrados, e o também desembargador Nuno Coelho, que é presidente honorário da UIJLP e que atua no Tribunal da Relação de Lisboa.

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COMPROMISSO ÉTICO

 

No seminário também foi assinado, pelos representantes da magistratura dos países lusófonos, durante assembleia, um termo de compromisso ético que traz princípios e regras comuns atinentes à ética judicial, ao destacarem a independência, a imparcialidade, a integridade, o combate à corrupção, o humanismo e a igualdade, qualidade e eficácia, cooperação, governação e organização da justiça, garantias e estatuto dos juízes, além do associativismo judicial. Em cada um dos tópicos são relacionados um conjunto de princípios e regras comuns referentes à ética judicial. Com isso, se pretende resgatar e consolidar a confiança do jurisdicionado no Poder Judiciário.

 

O documento é uma reafirmação da Carta de Porto Alegre, assinada durante o Fórum dos Juízes e das Juízas da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, realizado em 21 e 24 de novembro, no Rio Grande do Sul.

 

A presidente da UIJLP, Flavia da Costa Viana, também ressaltou a presença dos presidentes das associações que estavam em Porto Alegre e São Paulo. “Reafirmarmos o compromisso com a ética e com a integridade. Todos os passos dados na UIJLP têm sido com intuito de projetar nossa organização de forma consistente e séria, a fim de que sejamos vistos como um grupo de juízes irmanados sim pelo idioma mas, principalmente, que sejamos reconhecidos no cenário internacional como o grupo de magistrados unidos com o objetivo de promover espaços de reflexão sobre temas caros à sociedade como, por exemplo, a integridade judicial e o combate à corrupção”, pontuou.

 

Ela também ressaltou que a magistratura pretende trabalhar fortemente para propagar valores éticos nos países, ao conquistar e sedimentar o respeito e a confiança dos jurisdicionados, além de atingir a desejável harmonia com os demais poderes.“Que sejamos vistos como um grupo de juízes independentes, preparados, sensíveis a realidade social e, acima de tudo, éticos, preocupados também com a eficiência e com a seriedade do serviço que prestamos”, completou.

 

Confira aqui o documento na íntegra.

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