TJ emite nota referente à manutenção da paralisação dos servidores
Rômulo Cardoso Quarta, 10 Junho 2015
Referente à manutenção da paralisação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário paranaense, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) publicou na terça-feira (9) uma nota pública onde afirma ter atendido com responsabilidade as demandas dos servidores, a despeito do cenário econômico desfavorável e da conhecida restrição financeira a atingir o planejamento orçamentário do Judiciário. “Não tem deixado de atender, com seriedade, transparência e responsabilidade, os reclamos dos servidores no que direcionados à melhoria da prestação dos serviços judiciários e possíveis desde logo, em particular na preservação do salário”, afirma trecho da nota assinada pelo TJ.
O texto também elenca as ações desenvolvidas pelo TJ no que tange às reivindicações e ressalta que a instituição continua aberta à discussão responsável para melhoria dos serviços judiciários. “Isso sem prejuízo das medidas necessárias a preservar o bom funcionamento dos serviços judiciários no Estado e a apurar responsabilidades e coibir os excessos em sendo mantida a paralisação”, finaliza.
Confira abaixo a íntegra da nota.
NOTA PÚBLICA
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, a propósito da notícia da manutenção do movimento de paralisação pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná – SINDIJUS PR, vem pela presente NOTA esclarecer que, a despeito do cenário econômico desfavorável e da conhecida restrição financeira a atingir o planejamento orçamentário do Poder Judiciário e a exigir esforços de todos, não tem deixado de atender, com seriedade, transparência e responsabilidade, os reclamos dos servidores no que direcionados à melhoria da prestação dos serviços judiciários e possíveis desde logo, em particular na preservação do salário.
Nesse sentido, no atendimento às reivindicações:
- A manutenção da proposta encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado de reajuste salarial de8,17%, representativa da reposição integral da inflação medida pelo IPC-A de maio de 2014 a abril de 2015;
- A determinação de restabelecimento do atendimento a aposentados e pensionistas no âmbito do SAS;
- A constituição do Comitê Gestor Regional, nos moldes do que prevê a Resolução nº. 194 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), igualmente com a participação de representantes dos órgãos e categorias interessadas, cujo objetivo institucional é o aprimoramento, “em caráter permanente e prioritariamente”, dos serviços judiciários de primeira instância, e em cujo âmbito deverão ser discutidas as medidas necessárias à melhoria do serviço prestado em 1º Grau, incluindo a implementação de adicionais de qualificação e de gratificações para escrivão e secretário do Juizado Especial e a revisão dos planos de carreiras e de remuneração dos respectivos cargos;
- A constituição de Comissão de alto nível, com a participação de representantes das categorias interessadas, visando o estudo e a definição de melhores parâmetros para a implantação da Central de Mandados de que trata a Resolução nº. 139/2015 do Órgão Especial;
- A deflagração do procedimento necessário à efetivação do processo de relotação dos servidores do 1º Grau de jurisdição; e
- O processamento, pelos caminhos burocráticos próprios, de todos os pedidos formalmente apresentados pelos servidores.
É sabido, ademais, que a implantação de determinadas medidas no âmbito da administração pública, especialmente as que exigem a disponibilização de recursos financeiros, não dispensa a realização de processo de construção técnica, com a realização de estudos e planejamento prévios, incluindo análise de impacto de médio e longo prazos, não decorrendo de mero ato de vontade individual.
Para finalizar, ressalta o TRIBUNAL DE JUSTIÇA, confiando na sensibilidade e no espírito de compreensão que sempre norteou os servidores do Poder Judiciário do Estado, que continua aberto à discussão responsável das reivindicações voltadas à melhoria dos serviços judiciários, isso sem prejuízo das medidas necessárias a preservar o bom funcionamento dos serviços judiciários no Estado e a apurar responsabilidades e coibir os excessos em sendo mantida a paralisação.
Curitiba, 09 de junho de 2015.