Juiz do Paraná conta experiência de salvar uma vida com doação de medula óssea

Rômulo Cardoso Terça, 21 Setembro 2021

Juiz do Paraná conta experiência de salvar uma vida com doação de medula óssea

O transplante de medula óssea é um tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas, e cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. O transplante salva vidas como a do menino Weliton, de Nova Iguaçu (RJ), que teve síndrome de Wiskott-Aldrich, doença decorrente de imunodeficiência de tipo hereditária.

 

Ele fazia quimioterapia, que o deixava bem debilitado, até que houve a possibilidade de um transplante em 2016. Quem doou as células ao Weliton foi o juiz Marcelo Pimentel Bertasso, que atua em Umuarama e também junto ao TRE-PR. “Eu havia me cadastrado como doador em 2011, por incentivo de um amigo próximo que teve leucemia na época.”

 

A doação foi realizada em Belo Horizonte (MG), conforme orientação do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Marcelo foi três vezes à capital mineira para exames, consulta pré-operatória e para a doação em si. O Redome custeia todos os gastos durante o processo de doação.

 

Segundo Bertasso, a cirurgia para retirada das células é simples. “O procedimento acontece com anestesia e depois você faz um tratamento com vitaminas e ferro”, conta. A identidade da pessoa receptora pode ser tornada pública após dois anos do procedimento. O magistrado, hoje em dia, mantém contato com a mãe de Weliton. O menino está curado. “Recomendo a todo mundo que puder que faça o cadastro porque, além de ajudar, você pode passar por essa experiência, ter essa sensação gratificante.” Para a doação, são observados alguns critérios: ter entre 18 e 35 anos de idade; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante; não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

 

Para se cadastrar, é só ir até o banco de sangue mais próximo com documento original de identidade e preencher um formulário. Lá, é feita a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de compatibilidade.

 

Queda - No ano passado, o Redome teve uma queda no número de cadastros de pessoas voluntárias. Em 2019, o total de novas pessoas doadoras foi de mais de 291 mil, enquanto em 2020 o número não chegou a 230 mil – queda de 21,37%. Os números vinham crescendo desde 2017.

 

Com informações do TRE-PR e CNJ.

 

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